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28 de julho de 2009

MS FORMA EDUCADORES AMBIENTAIS NAS BACIAS DOS RIOS APA E MIRANDA

Pescaria no Rio Miranda (Pantanal) - MS
Rio Apa na cidade de Bela Vista - MS


Projeto forma 100 novos educadores ambientais para bacias dos rios Apa e Miranda

Ter, 28/Jul/2009 - Notícias Diárias REBIA

Processo de formação que estimula a replicação dos conhecimentos atingiu 800 pessoas em 25 municípios de MS, além de preparar nova campanha com ação simultânea em diversas cidades

Um dos 22 projetos de formação de educadores ambientais populares apoiados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), e único em Mato Grosso do Sul, executado nas bacias hidrográficas dos rios Miranda e Apa, realiza último encontro em Campo Grande (MS) no último dia 3 de julho.

Iniciado em 2006, o projeto formou 100 alunos de 25, de total de 26, municípios das bacias hidrográficas dos rio Apa e Miranda. Cerca de 800 educadores dos municípios dessas bacias beneficiaram-se diretamente de atividades que replicaram conhecimentos que os primeiros 100 alunos receberam nos encontros presenciais em Campo Grande.

Ainda no dia 3 de julho os educadores ambientais populares lançam a primeira campanha de educomunicação ambiental com ato público simultâneo, no mesmo dia, hora e minuto, nos municípios das bacias dos rios Miranda e Apa. Recicle sua atitude, separe seu lixo, é o slogan da campanha, cujo principal objetivo é promover a sensibilização e a mobilização das populações para a redução, separação e reciclagem dos resíduos sólidos. A idéia, o slogan e as ações da campanha foram produzidas pelos estudantes como parte das atividades dos módulos de educomunicação do Projeto Coletivo Educador Cidema.

Formação

Quatro segmentos foram beneficiados com vagas gratuitas: catadores ou trabalhadores na área de reciclagem, funcionários ou técnicos da administração pública, lideranças comunitárias e representantes da comunidade escolar.

Doutores, mestres e especialistas em educação ambiental como Angela Maria Zanon, Suzete Rosana de Castro Wiziack e Icléia Vargas, além de tutores, orientam os alunos e estimulam a troca de experiências e conhecimentos entre os municípios. Quando retornam para suas localidades, os estudantes realizam intervenções como gincanas, concursos de literatura e arte, palestras e reuniões para a organização da comunidade. Os estudantes recebem certificação de extensão como educadores ambientais populares, com 180 horas-aula, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Foram seis encontros presenciais de 20 horas-aula cada e 78 visitas da equipe do projeto aos municípios. Com a metodologia de Pesquisa-Ação Participante (PAP) ou Pessoas que Aprendem Participando, o edital para apoiar projetos de Coletivos Educadores, elaborado pela Diretoria de Educação Ambiental (DEA) do MMA, estimula a realização de ações de educação ambiental que resultem no fortalecimento de coletivos, associações e comunidades e na busca de soluções conjuntas para os problemas e desafios socioambientais locais e globais.

Ações

Em Guia Lopes da Laguna, onde foram realizadas diversas atividades com participação da Comissão Local do Coletivo Educador Cidema, teve até concurso de rap, criação de um jardim e implantação de coleta seletiva em escola e em um local público. Já o a Comissão de Corumbá promove ações de educação ambiental desde 2006, algumas durando o dia inteiro, com a participação de escolas e comunidades. Na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã, os diálogos promovidos pelo projeto estimulam uma parceria entre uma organização de reciclagem e catadores de recicláveis.

E no maior encontro de educadores ambientais e pesquisadores, o VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que ocorre de 22 a 25 de julho no Rio de Janeiro, capital, o Coletivo Educador Cidema e a Comissão Local de Corumbá apresentam painéis.

Recursos e sustentabilidade

Com orçamento de mais de R$ 200 mil, sendo R$ 150 mil do FNMA e o restante em contrapartidas, o Projeto Coletivo Educador Cidema é um dos poucos no Brasil a propor a educação ambiental em bacia hidrográfica transfronteiriça (em região de fronteira) e a trabalhar com o tema da educomunicação ou comunicação comunitária.

Na avaliação da coordenadora, Áurea da Silva Garcia, o grupo de novos educadores ambientais populares deve potenciar redes de educação ambiental, movimentos socioambientais e outros coletivos como o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Miranda. “Acreditamos que as comissões locais do Coletivo Educador continuarão se articulando e também mobilizando os municípios para a participação no atual processo de construção da Política Estadual de Educação Ambiental, em fase de consulta pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA) de Mato Grosso do Sul”, afirma a coordenadora do projeto.

Em todas as ações do projeto os temas da educação ambiental, comunicação e resíduos sólidos são transversais à formação e são resultados dos sonhos dos membros da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CTEA) do consórcio. Desde 1999 a educação ambiental foi adotada institucionalmente pelo Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa (Cidema), quando foi iniciado o primeiro projeto, chamado de Ciclo das Águas, com apoio da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Posteriormente, com a criação da CTEA, o Cidema começa a atuar em rede, através de representantes de instituições de ensino e pesquisa, governos e Ongs presentes nos municípios das bacias do Apa e Miranda.

Lançamento

Além do encerramento da formação em educação ambiental do Coletivo Educador Cidema no dia 3 de julho acontece o lançamento do projeto Fortalecimento das Políticas de Educação Ambiental para o Pantanal: o caso da Bacia Transfronteiriça do Rio Apa. A proposta é da Ong Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan) e será executada em parceria com a Rede Aguapé de Educação Ambiental do Pantanal.

Com apoio do Comitê Holandês da União Internacional para a Conservação da Natureza (ICUN NL), que lançou em 2008 edital para apoiar projetos na Bacia do Prata, a Mupan e a Rede Aguapé esperam fortalecer as políticas públicas de educação ambiental nas escolas da planície pantaneira e do planalto da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BAP), contribuindo também na consulta da Política Estadual de Educação Ambiental.

Doze escolas serão mobilizadas para participar do processo de elaboração de um Projeto Político Pedagógico (PPP) que incorpore as questões ambientais e demandas da região pantaneira e do planalto da BAP. São prioritárias as escolas indígenas e rurais da bacia do Apa. O PPP diferenciado para escolas pantaneiras da fronteira pode incrementar a valorização dos conhecimentos, da cultura, dos saberes populares ou tradicionais locais e das pessoas.

A biodiversidade da bacia do rio Apa é peculiar sob vários aspectos, destacando-se a existência de espécies endêmicas como o periquito Pyrrhura devillei, a presença de formações vegetais típicas (carandazal), além de algumas espécies animais (onça-pintada e tamanduá-bandeira, por exemplo) e vegetais (“palo santo” e quebracho), típicas do Chaco paraguaio, ameaçadas ou em risco de extinção.

O encerramento da formação em educação ambiental popular do Projeto Coletivo Educador Cidema, o comunicado sobre a nova campanha com a ação simultânea nos municípios do Apa e Miranda e lançamento do projeto da Mupan e Rede Aguapé acontecem dia 3 de julho, a partir das 10:00h da manhã no auditório da sede da Assomasul. O endereço é rua Itajaí, 2860, bairro Antônio Vendas.

São parceiros do projeto: Ibama, UFMS, UCDB, Rede Aguapé de Educação Ambiental do Pantanal, Mupan, Brazil Bonito, Sanesul, Secretaria de Estado de Educação (SED-MS), Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac-MS), Oikos, Famasul e Repams.

Mais informações:

Áurea da Silva Garcia
coordenadora-geral do Projeto Coletivo Educador Cidema
Fones: (67) 9974 5400 ou 3341 5990
E-mail: coletivo@cidema.org.br

Fonte: Ivan Ruela/Noticias REBIA

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