Imagine pegar algumas garrafas pet de refrigerante e água mineral, por exemplo, e criar uma CPU de computador?  Foi isso que um jovem inventor mineiro idealizou, desenvolveu e produziu, um gabinete de microcomputador feito de Pet Reciclado.
E isso é possível graças a dedicação de seu criador Adriano Reis Pereira de Carvalho na realização do projeto, já que a decomposição de garrafas pet na natureza é de aproximadamente 400 anos e se encontra em rios, nascentes, cidades, ruas, bueiros e aterros, um sério problema para o meio ambiente. “Meu sonho sempre foi fazer algo de bom pelo nosso Planeta, nossa única moradia, e também gerar empregos com atitudes ecológicas e sustentáveis. Então resolvi dar uma destinação inteligente as garrafas pets descartadas”, comenta Adriano.
Além de ser bem mais leve e 12 vezes menor que um computador padrão, o ECOPC ajuda na diminuição dos gases do efeito estufa, pois no mesmo veículo de transporte podem caber até 12 vezes mais computadores, e também resolve um problema sério, que é o lixo eletrônico, além da poluição gerada pela fabricação dos gabinetes atuais de metal e plástico.
A produção em escala industrial terá início em abril, sendo que cada ECOPC custará em média 70% do valor do gabinete tradicional e terá um tempo de vida útil igual a máquina feita de outros materiais, sendo sua utilização igual de qualquer outro computador encontrado no mercado e sua configuração de hardware pode ser ajustada sob medida personalizada para a necessidade de cada cliente. Mas além da proposta ecológica tem a sustentável, a partir do uso do EcoPC o fabricante comprometesse em 3 anos comprar o equipamento de volta pelo valor de sua reciclagem, criando um ciclo de: utiliza, recicla, moderniza e coloca de volta no mercado pelo valor justo de venda.
Inovando mais uma vez, tornando-se o primeiro computador infinitamente retornável do mundo. O baixo consumo energético do ECOPC é comprovado por um laudo da Universidade Brasileira PUC-RS (única credenciada pelo INMETRO a realizar testes em computadores no Brasil).
Contra o crescimento de 6,8% de lixo no Brasil, poluição dos rios, degradação das nascentes, aumento das enchentes e com a ideia de transformar os pensamentos e atitudes dos consumidores, em suas casas, empresas, orgãos públicos e escolas, nasce o ECOPC. “Espero que esse projeto, esta iniciativa, contribua para a mudança das pessoas em relação à sustentabilidade e ecologia. 
Reciclar o lixo ajuda o planeta, gera empregos na fabricação, melhora a vida dos catadores de materiais reciclados, distribuindo renda, além de abrir um belo caminho de inovação e sustentabilidade. Já estamos trabalhando no tablet feito de garrafas pet recicladas. Desejo que dentro de alguns anos todos os computadores mundiais sejam feitos de materiais reciclados, isso é ser sustentável, queremos transformar lixo em ouro”, finaliza Adriano. AGÊNCIA ENVOLVERDE