A Baixada Santista não deve ter problemas no abastecimento de água nos próximos 30 anos. A garantia foi dada pela diretora-presidente da Sabesp, Dilma Pena, na inauguração da Estação de Tratamento de Água (ETA) Mambu-Branco, em Itanhaém. Mais tarde, ela esteve em Guarujá, onde entregou a ETA Jurubatuba.

No caso da unidade de Mambu-Branco, localizada na Estrada Francisco Paniquar Filho – antiga Estrada Coronel Joaquim Branco, próximo à barragem do Rio Branco, – a nova
capacidade de produção será de 1,6 mil litros de água potável por segundo, o dobro do volume anterior. Serão beneficiadas diretamente Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e a Área Continental de São Vicente. O projeto custou R$ 413 milhões e levou três anos e meio para ser concluído.

Na ETA Jurubatuba, serão produzidos 2 mil litros de água tratada por segundo e haverá um Centro de Reservação, com capacidade para receber 10 milhões de litros de água tratada.
Neste caso, serão beneficiadas ascidades de Guarujá (especialmente o Distrito de Vicente de Carvalho) e, indiretamente, Santos e Cubatão. O custo total da obra foi de R$ 100 milhões.
A presidente da estatal destacou que os cálculos consideraram as demandas nos meses de pico nos municípios da Baixada Santista. “Essa margem de crescimento populacional é que nos dá a garantia do abastecimento da região pelos próximos 30 anos”, explica.

Mesmo assim, segundo ela, a partir do ano que vem a Sabesp começará a trabalhar para a duplicação da capacidade de tratamento de água na ETA Mambu-Branco. “Serão aplicados mais R$ 50 milhões, que devem ser suficientes para passar o volume de água tratada de 1,6 mil litros por segundo para 3,2 mil litros por segundo”, estima. Para dimensionar tal volume, ele seria suficiente para encher 60 piscinas olímpicas de água em um segundo ou atender mais 800 mil pessoas de uma hora para outra. Segundo o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp, João Paulo Papa, o investimento é um alento para os prefeitos da região.

“Só quem foi ou é prefeito sabe o tamanho do desafio de administrar uma cidade da Baixada na temporada. É um crescimento populacional assustador. Seria muito fácil
trabalharmos com a demanda média. Mas não dá para fazer isso quando o assunto é abastecimento de água e saneamento básico. Precisamos trabalhar no pico”, disse
ele, que governou Santos de 2005 a 2012.

Também nas inaugurações, o secretário do Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, destacou que São Paulo caminha num ritmo mais veloz do que o resto do País neste quesito. “Seremos o primeiro Estado do Brasil a universalizar os serviços de saneamento. Investimentos como esse mostram a grandeza do empreendimento”.

Dilma Pena ainda destacou a interligação do sistema, que permite que um manancial compense o outro em caso de falta d’água. Dessa forma, mesmo que a unidade de Guarujá, por exemplo, enfrente dificuldades, há uma ligação entre as redes que permitirá que o baixo volume naquela cidade seja compensado. http://www.atribuna.com.br/cidades