Para assegurar a preservação das bordas de seus reservatórios, a AES Tietê, braço da geração e comercialização de energia do grupo AES Brasil, investe em alta tecnologia. Um drone ou Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) sobrevoará as áreas da empresa em busca de possíveis mudanças de relevo, ocupações e desmatamentos. A companhia investiu R$ 200 mil no dispositivo, que entra em operação ainda neste semestre.
Guiado por GPS e satélite e voando a 500 metros de altura, o veículo terá capacidade de tirar fotos em alta resolução de áreas de difícil acesso e será um aliado na preservação ambiental. Regiões alagadas, brejos, encostas ou locais com outros empecilhos serão monitorados com muito mais rapidez e agilidade. “Às vezes, com uma equipe de barco ou caminhonete, levamos um dia ou mais para acessarmos e avaliarmos riscos ambientais de uma área. Com o Vant, conseguiremos realizar a inspeção em poucos minutos e sem dificuldades”, afirma o diretor geral da Geração da AES Tietê, Ítalo Freitas Filho.
O veículo sobrevoará o local escolhido, mapeará o solo e identificará mudanças de relevo, construções, desmatamentos, entre outras alterações. “A definição das fotos é extremamente precisa e faz um retrato fiel das áreas de interesse. Dessa forma, temos mais agilidade na tomada de decisão para combater irregularidades”, diz Freitas Filho.
A ação faz parte da Gestão dos Reservatórios da geradora, que tem como objetivo mapear e regularizar ocupações e construções atendendo todas as legislações ambientais; realizar controle de erosões nas margens dos rios para preservar os reservatórios; verificar a preservação das matas ciliares e analisar o assoreamento dos reservatórios e identificar áreas de reflorestamento.
Com apenas 0,7 kg e pouco menos de um metro de diâmetro, o dispositivo voa a 57 km/h e resiste a ventos laterais de até 45 km/h. Além de GPS e satélite, o equipamento também conta com rádios transmissores e câmera fotográfica de 16MP. Cada voo dura, em média, 45 minutos, tempo suficiente para cobrir uma área de 10 km².
A decolagem é feita com impulso manual e são necessários apenas cinco metros de área livre para realizar a manobra. O pouso é feito automaticamente no mesmo local da decolagem.
A AES Tietê conta com um parque com capacidade para gerar 2.658 MW e opera nove usinas hidrelétricas e três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Estado de São Paulo. A empresa responde por 12% da capacidade instalada no Estado e 2,3% no Brasil.
O que é drone
Um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) também chamado UAV (do inglês Unmanned Aerial Vehicle) é mais conhecido como drone (zangão, em inglês), é todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão e governado por humanos, ou sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP).
Os drones foram idealizados para fins militares. Inspirados nas bombas voadoras alemãs, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos rádio controlados, estas máquinas voadoras de última geração foram concebidas, projetadas e construídas para serem usadas em missões muito perigosas para serem executadas por seres humanos, nas áreas de inteligência militar, apoio e controle de tiro de artilharia, apoio aéreo a tropas de infantaria e cavalaria no campo de batalha, controle de mísseis de cruzeiro, atividades de patrulhamento urbano, costeiro, ambiental e de fronteiras, atividades de busca e resgate, entre outras.
Atualmente, os drones são usados também para fins não militares.
Fonte: JCNet - http://www.geodireito.com/?p=7853