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23 de junho de 2014

INDUSTRIAS INSTALADAS NAS BACIAS DO PCJ ELABORAM DOCUMENTO EXIGINDO VAZÃO MÍNIMA NOS RIOS DA REGIÃO


Foto: Rodrigo Zanotto/AAN
Vazão de água do Sistema Cantareira para o Rio Atibaia caiu para 2,6m3/s

Indústrias se preparam para enfrentar seca

iG Paulista - 05/06/2014
Maria Teresa Costa | teresa@rac.com.br

As indústrias da região de Campinas (SP) estão trabalhando em um plano de contingência para tentar passar pela crise hídrica que atinge os municípios dependentes do Sistema Cantareira e minimizar os reflexos da escassez de água no planejamento do processo produtivo e nas atividades secundárias da empresa.

Nove regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) que incluem as indústrias instaladas nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) se reuniram nesta quarta-feira (4) em Campinas para definir a estratégia de enfrentamento.

"Nossa região está sendo muito maltratada pelo governo do Estado que está nos submetendo a um racionamento disfarçado, na medida em que suspendeu todas as novas outorgas e pedidos de ampliação de captação. A indústria já está sendo afetada nos seus investimentos, porque não pode ampliar suas plantas sem água e corre o risco de ter paradas na sua produção se não chover até novembro", disse o diretor regional do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho,

Exigir garantias

Na reunião com as regionais de Americana, Bragança Paulista, Campinas, Indaiatuba, Jundiaí, Limeira, Rio Claro e Santa Bárbara D’Oeste, foi definido que será elaborado um documento para ser encaminhado aos gestores do Sistema Cantareira exigindo a garantia de vazão mínima nos rios das Bacias PCJ. "Agora a Sabesp fala que a água do sistema dará até 27 de outubro e que vai precisar tirar mais água do volume morto além do que vem tirando. E nós continuamos recebendo 3 m3/s [na terça-feira foi reduzido para 2,6 m3/s] que são absolutamente insuficientes para atender as necessidades", afirmou.




O plano de contingência inclui desde medidas para redução de consumo de água, passando pelo aumento da capacidade de armazenamento, pelo estudo de mananciais para novas captações superficiais, perfuração de poços profundos, abastecimento por caminhões-pipa, estudo de reciclagem ou reúso de água a efluentes. Além disso, segundo Nunes, as empresas que dependem do Cantareira devem acompanhar as decisões do comitê anticrise, o Gtag-Cantareira.

Água de reúso

O Ciesp, informou, vai chamar a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) para conhecer o programa de água de reúso que, disse Nunes, será mais do que necessário se o Sistema Cantareira não aguentar até o final da estiagem.

Para incentivar o consumo dessa água, que é resultado do tratamento de esgoto, a Sanasa reduziu o preço do metro cúbico em 30%. Assim, desde 1º de junho, o valor que era de R$ 2,00 o metro cúbico passou para R$ 1,40. A redução de preço é parte de um pacote de 12 medidas anunciadas pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), com ações de curto e médio prazo, para dar segurança hídrica à cidade.

Redução de preço

A redução do preço visa incentivar a indústria e comércio a substituir a água tratada pela de reúso nas atividades onde isso é possível. Um dos primeiros a adotar o reúso são os bombeiros de Campinas que, por um convênio assinado com a Prefeitura, passam a ser os primeiros do paós a utilizar essa água - eles gastam, em média, 2 milhões de litros por mês de água tratada para apagar incêndios.

"A água é um insumo de grande importância para todas as atividades produtivas e temos que estar alertas e preparados para enfrentar essa escassez, que poderá compromete o funcionamento e crescimento industrial", disse. O Ciesp vai realizar um grande seminário em julho com todos os setores industriais para definir estratégias de ação e divulgar documento de análise da situação e de exigência de garantia de água para a região.

Nova redução

Sem chuvas sob os reservatórios e no Sul de Minas Gerais, onde estão as nascentes, o Sistema Cantareira sofreu nesta quarta-feira mais uma redução no volume de água armazenada, da ordem de dez pontos percentuais, operando com 24,25% da capacidade. Depois de ter a vazão reduzida para 2,6 m3/s para os rios Jaguari e Atibaia, esses mananciais voltaram a receber ontem 3 m3/s, o mínimo a que tem direito pela outorga do sistema. 
iG Paulista - 05/06/2014


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